Representante da Ancine participa de reunião da Comissão de Cultura pelo audiovisual paranaense

Publicado originalmente em 24/04/2017 em:
http://www.alep.pr.gov.br/sala_de_imprensa/noticias/representante-da-ancine-participa-de-reuniao-da-comissao-de-cultura-pelo-audiovisual-paranaense

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Reunião da Comissão de Cultura recebe representante da Ancine. / Foto: Pedro de Oliveira/Alep

Por Trajano Budola

A Comissão de Cultura da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), presidida pelo deputado Péricles de Mello (PT), voltou a discutir na tarde desta segunda-feira (24) as perspectivas da produção audiovisual paranaense. O encontro contou com a participação do secretário de políticas de financiamento da Agência Nacional de Cinema (Ancine), Paulo Xavier Alcoforado, que explicou aspectos do funcionamento do Fundo Setorial Audiovisual (FSA) do Ministério da Cultura, para fomento deste setor.

Representantes de associações e sindicatos ligados à produção afirmaram durante a reunião que a LeiOrçamentária Anual (LOA) do Estado do Paraná para 2017 tem uma previsão de recursos para a aplicação no audiovisual paranaense. O setor pede apoio aos parlamentares para que o Governo do Estado libere estes valores.

Paulo Xavier Alcoforado, por seu lado, disse aos deputados que o Fundo Setorial Audiovisual (FSA) tem um teto de R$ 10 milhões para cada estado da federação, que podem ser captados para financiamento de produções audiovisuais. “Se o Estado do Paraná apresentar uma proposta de financiamento à produção local, o fundo setorial financia uma vez e meia este valor”, explicou.

Os deputados Marcio Pauliki (PDT) e Hussein Bakri (PSD), este último como líder interino do Governo na Alep, também participaram da reunião. Eles ouviram as reivindicações dos representantes do audiovisual paranaense. Ao final do encontro o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ademar Traiano (PSDB), também ouviu as demandas dos participantes.

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Representantes do audiovisual paranaense falam das perspectivas do setor na Assembleia Legislativa

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Grande Expediente – Desafios e Perspectivas do Audiovisual Paranaense / Foto: Pedro de Oliveira/Alep

publicado originalmente dia 17/04/2017 em: http://www.alep.pr.gov.br/sala_de_imprensa/noticias/representantes-do-audiovisual-paranaense-falam-das-perspectivas-do-setor-na-assembleia-legislativa

Por Trajano Budola

Os desafios da produção audiovisual paranaense foram apresentados no Plenário da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) durante a sessão plenária desta segunda-feira (17). Representantes da categoria pediram aos parlamentares apoio para que o Poder Executivo invista no setor um montante já aportado na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2017, para que a Agência Nacional do Cinema (Ancine), órgão ligado ao Ministério da Cultura (MEC), igualmente libere recursos para o Estado aplicar neste segmento.

A explicação foi dada pela vice-presidente da Associação de Vídeo e Cinema do Paraná (AVEC-PR), Jessica Candal Sato, que a convite do deputado Péricles de Mello (PT), falou sobre um edital da Ancine que também dependeria da execução da previsão orçamentária do Paraná, de R$ 1,54 milhão. “Esta liberação vai atrair automaticamente um recurso federal, de R$ 2, 25 milhões, do Fundo Setorial do Audiovisual”, afirmou. De acordo com ela, a reivindicação feita aos deputados é também para que o Paraná trabalhe pela criação de uma agenda com políticas públicas específicas para o setor.

O presidente do Sindicato da Indústria do Audiovisual do Estado do Paraná (Siapar), Rodrigo de Medeiros Martins, discorreu sobre a necessidade de uma política constante para a área, destacando o edital de arranjos produtivos da Ancine. Segundo ele, o órgão federal disponibilizaria recursos de até R$ 10 milhões para cada estado da Federação para investimentos em audiovisual, o que depende da contrapartida desses estados. “Seriam recursos federais vindos como investimentos diretos, somados aos recursos colocados pelo Estado. Isso mobilizaria a cadeia de forma importante”, explicou. Para isso, ele acredita que é fundamental o apoio dos deputados, para se garantir a liberação que deve ser feita pela Secretaria de Estado da Fazenda.

De acordo com deputado Péricles de Mello, o setor tem dentro do Governo do Estado grande representação, inclusive com o curso de Cinema da Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR), pioneiro no país, criado em 2005. Ele afirmou que se impressionou com as reivindicações levadas a seu conhecimento, como presidente da Comissão de Cultura da Alep, e apontou para a pujança da produção audiovisual no estado.

Perspectiva paranaense – De acordo com números apresentados pelo presidente do Sindicato da Indústria do Audiovisual do Paraná, Rodrigo de Medeiros Martins, o estado tem uma cadeia produtiva que representa um dos maiores arrecadadores de tributos. “Nós estamos falando de um elo que alimenta outros setores como, por exemplo, o de telecomunicações, que transmite a produção audiovisual gerando vários outros negócios”, explicou.

Para Rodrigo Martins o Paraná tem a oportunidade de atrair recursos federais em um momento de dificuldades financeiras. “Todo recurso que vier é importante para circular na economia do Paraná”, afirmou. Ainda de acordo com ele, os investimentos previstos na LOA para este ano podem significar, em conjunto com redes da cadeia produtiva, como as televisões e as radio difusoras, valores de até R$ 20 milhões. “Só em arrecadação já se pagaria cerca de 20% deste valor, fora a geração de emprego e renda”, prospectou.

Classe artística se mobiliza para que setor de audiovisual do Paraná não perca até R$ 10 milhões

Por Denise Mello

A indústria audiovisual do Paraná pode perder até R$ 10 milhões em 2017 caso o Governo do Paraná não invista os recursos que já estão previstos na Lei de Diretrizes Orçamentária (LOA) de 2017 para o setor. A verba de R$ 10 milhões faz parte da a 3ª Edição de Arranjos Financeiros Estaduais e Regionais do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), que disponibilizou R$ 70 milhões para todo o Brasil.

Funciona assim: cada estado pode requisitar até R$ 10 milhões deste fundo. Ceará e Pernambuco, que se prepararam e apresentaram projetos, já estão recebendo os recursos num total de R$ 20 milhões. Outros R$ 20 milhões estão em análise para São Paulo e Rio de Janeiro. Ao Paraná, caberia, portanto, disputar outros R$ 30 milhões com todos os outros estados da Federação, podendo chegar a até R$ 10 milhões. Mas isso até o final deste mês de abril, já que o edital para este ano acontece em maio.

“O edital está aberto desde 25 de outubro de 2016 e, mesmo com previsão orçamentária garantida na LOA (Lei Orçamentária Anual) de 2017, a Secretaria de Cultura ignora esta oportunidade em aportar os 10 milhões disponíveis para o Paraná. Se isso não mudar, vamos ficar de fora mais uma vez”, afirmam os representantes da Associação de Vídeo e Cinema do Paraná ( AVEC-PR).

Recurso que volta

O presidente do Sindicato das Produtoras de Audiovisual do Paraná (SIAPAR) Rodrigo Rafael de Medeiros Martins, explica que toda a classe artística do estado está mobilizada para conseguir que este recurso seja investido no setor pela Secretaria da Cultura. “Muitas vezes recursos saem do estado para o governo federal e não voltam. Mas neste caso isso não acontece. É que existe o compromisso da Ancine (Agência Nacional de Cinema) e do fundo setorial em investir uma vez e meia tudo que for colocado pelos estados e municípios no setor de audiovisual. Assim, se for colocado, por exemplo, R$ 2 milhões em um edital pelo Estado, a Ancine coloca outros R$ 3 milhões e a produção passa a contar com R$ 5 milhões. É um retorno garantido num setor que gera emprego e impostos e promove a cultura”, explica.

Investimento

A indústria audiovisual brasileira injeta R$ 24 bilhões anualmente na economia, mas muito pouco deste valor circula no Paraná. Enquanto em 2015, por exemplo, foram investidos R$ 2,5 milhões no setor no estado (dinheiro vindo da Fundação Cultural de Curitiba – R$ 1 milhão e da Ancine ($ 1,5 milhão), Santa Catarina teve investimento de R$ 6,4 mi, Rio e São Paulo R$ 30 mi cada e Pernambuco recebeu R$ 21,3 mi (ver quadro abaixo).

“O Paraná tem até o fim de abril para requisitar o dinheiro, desde que o estado faça o aporte do valor que está na LOA. Do contrário, vamos perder este recurso para este ano. Como este recursos já está previsto para o Prêmio Estadual de Cinema dentro da LOA, estamos lutando para que o governo disponibilize este recursos neste mês de abril”, diz Martins.

Audiência Pública

Artistas e produtores ligados à área de Cinema e produção de vídeos no Paraná fazem nesta quarta-feira (12), a 1ª Audiência Pública do Audiovisual na Assembleia Legislativa, em Curitiba. O evento tem como tema “Desafios e perspectivas do audiovisual Paranaense” e deve reunir profissionais e estudantes. A liberação dos recursos da LOA para o setor é um dos temas em debate.

Para o presidente da Comissão de Cultura da Assembleia Legislativa, deputado estadual Péricles de Mello, a situação merece atenção do Estado. “Desperdiçar oportunidades como essa, com tanta gente trabalhando na área no Paraná, não é razoável. Vamos trabalhar e lutar junto com os artistas e profissionais para que a área do Audiovisual tenha mais atenção por parte do governo”, disse.

A intenção dos organizadores da Audiência é mostrar a situação para os deputados estaduais e provar que é viável e oportuno investir no setor no Estado.

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Números do setor

– A cadeia do setor de audiovisual envolve a criação, produção, distribuição para exibições em festivais, cinemas, vendas em DVD e outras formas para atingir o público
– R$ 44,8 bilhões foi o faturamento bruto do setor em 2013 em todo o país
– R$ 2,2 bilhões o valor estimado em arrecadação de impostos
– O setor represente R$ 25 bilhões do PIB na economia (dados de 2014)
– Gera 169 mil empregos diretos e 327 mil indiretos

SERVIÇO

Audiência pública “Desafios e perspectivas do audiovisual Paranaense” •
Quando: 12 de abril, quarta
Hora: 9 horas
Local: Assembleia Legislativa do Paraná – Praça Nossa Senhora do Salete, s/n – Centro Cívico

1ª Audiência Pública do Audiovisual no Paraná, dia 12 de abril de 2017

Por Sandra C. Pacheco
publicado originalmente em:
http://www.alep.pr.gov.br/sala_de_imprensa/noticias/audiencia-publica-na-alep-discute-o-futuro-da-producao-audiovisual-no-parana

Para debater os “Desafios e Perspectivas do Audiovisual Paranaense”, uma audiência pública convocada por iniciativa do deputado Péricles de Mello (PT), presidente da Comissão de Cultura da Assembleia Legislativa do Paraná, reuniu estudantes e professores da Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR), produtores, autoridades e personalidades ligadas ao setor cultural no Plenarinho do Legislativo, na manhã desta quarta-feira (12). Com o objetivo de estabelecer uma agenda de tarefas incluindo a sociedade civil, o setor produtivo e o poder público, o evento propôs pautas voltadas não só à promoção da área, mas também ao seu financiamento.

Coube ao presidente da Associação de Vídeo e Cinema do Paraná (AVEC), Nelson Settanni, elencar uma série de medidas que considera necessárias: a primeira delas é a realização de convênio entre o Paraná e a Agência Nacional de Cinema (Ancine), com minuta do edital sob consulta, procedimento de inscrição e avaliação on-line e bancas anunciadas previamente. Como ações complementares, sugeriu que o Museu de Imagem e do Som conceba politica de mediação e preservação abrangente e seja equipado com digitalizadores de películas e decks para fitas LTO, visando a preservação dos registros domésticos e profissionais; a retomada e reformulação do programa CINETV-PR, reconhecendo a autonomia acadêmica da UNESPAR e propondo o intercâmbio de egressos e profissionais renomados no campus.

Entre outras providências reivindicadas por Settanni estão a atualização do parque prático de cinema em Quatro Barras, na sede do curso de bacharelado, a realização de uma coletânea de filmes paranaenses de todas as épocas, contextualizando e concebendo um material pedagógico para aplicação nas escolas de ensino médio ou fundamental, e a atribuição de um papel estratégico à TV Educativa na difusão do audiovisual paranaense.

Dificuldades – A Coordenadora do Curso de Cinema da UNESPAR, Juslaine Nogueira, destacou que o curso criado em 2005 é pioneiro no país, tendo formado mais de 300 profissionais nos últimos 12 anos. Recebe 60 alunos por ano, 70% dos quais oriundos de outros estados, que vem complementar sua formação e aqui permanecem. Ela reafirmou a importância de o Estado manter o curso e a universidade e a urgência de investimentos públicos nas produções audiovisuais locais.

Relações Públicas da Universidade Federal do Paraná, Angélica Dal´Negro Carvalho expôs as dificuldades enfrentadas pela instituição para manter sua grade de programação audiovisual contando com apenas 31 funcionários para a tarefa. Nesse cenário, a Ancine ofereceu 200 horas de programação que vieram a se constituir em uma importante contribuição para o desenvolvimento da atividade. Ela também destacou a importância do PRODAV, programa mantido pela Ancine para apoiar o desenvolvimento do audiovisual brasileiro.

Ex-aluno da UNESPAR e produtor da Grafo Audiovisual, além de produtor e diretor do festival Olhar de Cinema, Antônio Júnior relatou a trajetória da empresa que já participou de festivais nacionais e internacionais, tendo recebido mais de 150 prêmios. Uma de suas produções, “Para Minha Amada Morta”, dirigida por Aly Muritiba, além de várias premiações, foi exibida em 16 cidades brasileiras e distribuída para outros países, chamando a atenção de investidores e ajudando a consolidar o prestígio dos artistas paranaenses. Isso despertou o interesse da Globo Filmes, por exemplo, que ora financia “Ferrugem”, filme locado em Curitiba, região metropolitana e litoral, trazendo ou mantendo no Paraná recursos importantes. Antônio Júnior manifestou sua confiança no talento e na persistência do Audiovisual feito no estado, lamentando que este ainda não tenha percebido o que ele pode representar em volume de recursos, emprego e renda.

Secretaria da Cultura – O diretor-geral da Secretaria de Estado da Cultura, Jader Alves, respondeu às críticas afirmando que a pasta não ignora o edital da Ancine, apenas não consegue cumpri-lo neste momento, seja em decorrência de obstáculos jurídicos, seja pelas dificuldades econômicas. Explicou que dos R$ 7,5 milhões destinados à área pelo orçamento de 2017, R$ 5 milhões (ou 75%) foram contingenciados pela Secretaria de Estado da Fazenda, restando apenas R$ 2,07 milhões para atender todas as áreas. Desta forma, a pasta busca mecanismos para amenizar a situação, como o PROFIS, um programa de fomento e incentivo à cultura no Estado, que prevê R$ 15 milhões destinados a atender dez áreas diferentes, cabendo R$ 1,5 milhão a cada uma. Como as demandas são diferentes, o que sobra de algumas será remanejado para outras, onde a demanda é maior.

Também se referiu à utilização da Lei Rouanet pelas empresas estatais, que decidiam o destino desses recursos. Hoje a decisão é submetida à Secretaria de Cultura, que criou uma comissão para receber e avaliar os projetos e definir a distribuição do financiamento. Lembrou ainda recente reunião de representantes da Secretaria e do mercado de audiovisual com o secretário da Fazenda para afirmar que “o diálogo continua aberto e queremos encontrar soluções junto com vocês”.

Também participaram do evento o deputado Tadeu Veneri (PT), a consultora do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE/PR), Walderes de Lourdes Bello; o presidente do Sindicato da Indústria do Audiovisual do Paraná (SIAPAR), Rodrigo Martins; o representante do Movimento Resiste e estudante de Cinema da Unespar, Guilherme Daldin.

Na segunda-feira (17), a convite do deputado Péricles de Mello, Nelson Settanni e Rodrigo Martins voltam à Assembleia e falam aos deputados, no início da sessão plenária, sobre os desafios e perspectivas do audiovisual paranaense.

Ouça o boletim relacionado:
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Nelson Setanni – Presidente da AVEC fala para a TVAssembléia

Confira a Assembléia Completa

Fotos: Noemi Froes/Alep

Nova Gestão 2016˜2018

Mandato de 2016/2018

Presidente: Nelson Settanni;

Vice Presidente: Jessica Candal;

Diretoria Financeira: Caio Baú;

Diretoria Administrativa: Bruno Gehring;

Diretoria de Comunicação: Camille Bolson;

Diretoria Técnico-Artístico: Daniel Pereira;

Diretoria Sócio-Cultural: Cristiane Senn;

Diretoria de Integração Regional: Antônio Junior;

Conselho Fiscal: Caroline Biagi, Laís Melo, Maurício Ramos Marques, Nathália Tereza e Pedro Giongo